Quando se lê o título poder-se-á ser entendido como: “Pronto… é mais um descontente ou um que busca um lugar à sombra para que num porvir não muito distante possa comungar da ceia de um nicho de privilegiados.
É uma homilia conhecida fruto de vários evangelhos transversais da nossa Angolileia e que já afloram os nervos habitantes da tez do módico cidadão de tanto ouvir o mesmo sermão.
Ora vejamos, sem eufemismos nas entrelinhas, digam-me lá quem são os bajús e quem são, afinal de contas, os revús? Fazendo uso e usufruto dos meus direitos reais limitados e não patrimoniais debruçar-me-ei doxologicamente sobre o assunto no actual contexto.
Seguidos pelos significados alterados por via dos interesses estomacais e que também são os responsáveis pela significação pouco literária de algumas palavras tal como “isenção” que é muito usada no jornalismo mas muito pouco praticada, os bajús servem um senhor e que sem dó nem piedade vão agindo como se tivessem uma opaca venda que os perturbasse a visão natural, que não os permite vislumbrar com clareza o número de pessoas que prejudicam com estes actos. Noutra esfera estão os inconformados e persistentes.
Conhecedores de alguma matéria e quase sempre considerados insatisfeitos, os revolucionários, vulgo revús, nome apelidado pelo pasto de obedientessem questionar e cómodos que denigrem quem critica por razões já mencionadas.
Em Direito há uma expressão latina “ ubi commoda, ubi incommoda” que quer dizer quem recebe as vantagens deve saber lidar com as desvantagens.
Tanto os bajús como os revús habitam duas partes separadas pelo extremismo. Se elogiares quem claramente faz desfeitas em detrimento da maioria populacional terás o teu adjectivo.
Se censurares os feitos de alguém que por via do seu trabalho não demonstra frutos que resultam na satisfação do interesse público logo também terás o teu adjectivo. E cada um deve saber lidar com as consequências da sua prestação.
Há um ditado popular que me escapa agora o seu autor: “ Presunção e água- benta cada um toma o que quer”.
Uma vez durante uma aula na universidade levantou-se uma querela em que o docente foi peremptório em responder: “prefiro não falar sobre isso porque são assuntos que, como emanam opiniões diversas, dividem muito as pessoas”.
Pude perceber com isto que estão os revolucionários académicos a serem vencidos pelo cansaço ou a espera do momento certo para poderem falar e serem ouvidos.
É claramente uma missão impossível falar para surdos.
Ou então devemos seguir a conspícua inteligência emocional para que saibamos exactamente o momento da acção.
Sendo a fome generalizada, água mole em pedra dura tanto bate até que fura e que saco vazio não fica em pé, testemunhamos revolucionários a lutarem para ocupar um lugar na casa das leis e quiçá garantir um futuro risonho para os sonhos que deixaram de ser pesadelos.
É a liberdade. Cada um faz de si o que quiser.
Daqui a pouco, além da salvação, a educação também será individual.
Mas também não sei por que estou eu mais uma vez a falar sobre isso se os próprios casamentos já nascem na base da mentira quando o homem promete ser fiel e a mulher promete amar na saúde, na doença e na pobreza, todos os dias da sua vida e o que realmente acontece, nem as homilias fruto de evangelhos dominicais estão com poderes para alterar.
Por: EDY LOBO