Uns mais ponderados do que outros, todos lá vamos dizendo que somos “pessoas frontais”, que gostamos de “frontalidade”, que gostamos de quem diz o que pensa e não se fica por meias tintas, a aguardar a opinião dos outros, e evitando tomar posição de forma a não se comprometer.
Sou por natureza uma pessoa muito frontal, digo tudo no momento e face to face. Gostou gostou, não gostou põe na borda do prato… Entretanto, a experiência suaviza as arestas, traz-nos paz de espírito, moderação e ponderação.
Traz-nos também alguma clareza de espírito e alguma liberdade para dizer o que pensamos, para dizer o que sentimos, para defendermos o que acreditamos. na medida certa, na medida em que não coloque em causa todos os valores que fomos defendendo ao longo dos anos.
A minha frontalidade já ganhou inimigos, começaram a “chover textos” a atacar o “mensageiro”. No teatro é comum dizer-se “sai de cena quem não é de cena”, e nunca nada me pareceu tão apropriado aos dramas da cena pública/Desportiva actual como as expressões do mundo do teatro. Não nos vão calar!
Por: Luís Caetano