Desde a ascensão da internet, as redes sociais têm sido o maior meio de divulgação de informação, venda de bens e produtos e prestação de serviço.
Na busca frenética pela fama, as redes sociais espelham uma imagem nítida daquilo que essa geração, na sociedade moderna, gosta de consumir/ apreciar.
Vários tipos de conteúdo, maioritariamente em forma de vídeos, são expostos nas redes sociais, porém, muitos que se tornam destaques não agregam valores úteis, deixando em último plano aqueles que, de certa forma, moldam o comportamento social.
Repentinamente, surge mais um influencer digital ou um criador de conteúdo, mas a pergunta que não se cala é: “Que conteúdo se precisa diante da situação sociopolítica de Angola?” Como um vírus, tudo hoje viraliza nas redes sociais, todos querem ser notados e destaques da mídia, várias vezes, até conteúdos imorais, o fenómeno “vazado”, circulam na net.
Na república da futilidade, qualquer um se torna celebridade, fazedor de opinião consideradas verdades, referência e destaque das massas mídias, somente com vídeo cujo conteúdo é humor sem cabimento, palavras sem nexo, dança e imitação de música/fala (dublagem), gente se torna vírus do quotidiano, pois se percebe que, nesse mundo virtual, tudo que vier à tona é consumido sem mesmo fazer uma prévia análise daquilo que outras pessoas partilham e postam.
Hoje até palhaços se tornam celebridade nessa república que banaliza o útil e exalta a futilidade/ mediocridade, isto demonstra que tipo de internauta temos, os consumidores de tudo e todos que cai nas redes sociais, os que não fazem uma crítica nem um juízo de valores sobre aquilo que viraliza diariamente, os que partilham ideias e opiniões segundo o senso comum; ademais hoje as redes sociais são laboratórios que criam vírus sem antídoto.
Em suma, na república da futilidade o que devia ser viral torna-se um sintoma indelével, porém, a nudez/sensualidade, falar debaldemente em podcast e TV virtual, danças e piadas espalham-se em fracção de hora e, claro, consumidos por todos em várias redes sociais.
Por: ESTEFÂNIO JOSÉ CASSULE
*Estudante de Letras