Pensar País não nos tira o sono. Oferecenos horas de reflexão indispensáveis quando tudo é urgente. Quatro (4) horas da manhã de Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2024, e a mente equaciona os caminhos para o real aproveitamento dos talentos angolanos comprometidos com o que precisamos construir. Uma reflexão assim é imperiosamente inclusiva.
A experiência e serenidade dos mais velhos, a audácia e impetuosidade dos jovens e a tão específica e resiliente sabedoria das mulheres constituem uma tríade poderosa que, uma constituída numa aliança, se revela essencial para moldar o destino de Angola.
No tecido multifacetado do nosso país, a riqueza dos recursos naturais está por demais comprovada e a dos recursos humanos é inquestionável.
Neste artigo chamamos a atenção para o que ocorre quando potenciam sinergias se aproveitados integralmente os quadros, combinando as valências da tríade a que nos vimos referindo para impulsionar o desenvolvimento e a inovação em todas as esferas da sociedade.
Os mais velhos detêm um tesouro de experiência acumulada ao longo dos anos, uma experiência de práticas reiteradas e de observação directa. Se compreendermos que a História é uma bússola para o futuro, a contribuição dos mais velhos é inestimável.
As suas experiências moldam não apenas a compreensão do passado, mas também oferecem uma perspectiva valiosa para orientar decisões presentes e futuras.
Em sectores que demandam estabilidade e sabedoria, o aproveitamento pleno dos quadros mais experientes é uma estratégia inteligente.
Por outro lado, a juventude é uma fonte inesgotável de energia e audácia. Em Angola, os jovens representam uma força dinâmica capaz de impulsionar a inovação e a mudança e têm sede de futuro. Ao aproveitar o seu conhecimento, as ideias frescas e a disposição para desafiar o status quo, as organizações imprimem vitalidade nos sectores que requerem adaptação e evolução.
O investimento nas habilidades e no potencial dos jovens não é apenas um acto de confiança no presente, mas um investimento no futuro promissor de Angola. Sobretudo tendo em conta as profundas transformações que se operam em plena revolução tecnológica ao nível do universo digital.
Optamos também por dar destaque à mulher. Não por exclusão depreciativa, deixemos isso claro e expliquemos os motivos desta referência em destaque com especificidades: as mulheres fazem parte do todo que somos como sociedade. Estão na sabedoria da idade e o fulgor da juventude.
No entanto, destacar separadamente as mulheres, implica reconhecer e assumir que, a sabedoria e as habilidades das mulheres, muitas vezes subestimada, representam um recurso fundamental para o progresso.
Em diversos contextos, as mulheres demonstram uma capacidade única de liderança, resiliência e inovação, enriquecendo o tecido social e impulsionando o desenvolvimento em todas as esferas da sociedade.
Ao reconhecer e valorizar plenamente a diversidade de habilidades e perspectivas que as mulheres trazem, as organizações angolanas podem colher os benefícios de uma força de trabalho verdadeiramente inclusiva.
Falar em equidade, proporcionar mais oportunidades e criar um ambiente que promova o crescimento e o empoderamento da mulher é imperativo para o avanço colectivo de Angola.
Portanto, ao integrar a experiência dos mais velhos, a audácia dos jovens e fazendo intencionalmente este destaque à mulher, criamos uma sinergia poderosa que impulsiona o progresso e promove uma sociedade mais justa e próspera.
Unir essas forças, reconhecendo e celebrando a contribuição única de cada indivíduo, é fundamental para construir um futuro onde todos possam prosperar plenamente, independentemente do género, idade ou origem.
É na intersecção dessas forças — a experiência dos mais velhos, a audácia dos jovens e a sabedoria das mulheres — que reside aquilo a que nos atreveríamos a chamar “a força plena”.
Em empresas, instituições governamentais e organizações da sociedade civil, a criação de equipas inter-geracionais e diversas é um catalisador para o progresso sustentável.
Essa abordagem não apenas promove a igualdade e a equidade, como enriquece a solidez da tomada de decisões e a resolução de problemas analisados sob múltiplas perspectivas.
Em resumo, o aproveitamento integral dos quadros em Angola, sendo uma estratégia inteligente, é uma necessidade imperiosa para desbloquear o pleno potencial do país.
Aproveitar plenamente o nosso capital humano, é um compromisso com a prosperidade. Unir a experiência, a audácia e a sabedoria cria uma sinergia poderosa e constrói os alicerces de um edifício futuro onde a diversidade de talentos é garantia de desenvolvimento sustentável e da prosperidade para o país que queremos construir. Esse é o caminho: o da força plena.
Por: EDGAR LEANDRO