Entramos para o último semestre do ano, mas continuamos com o processo de renovação de mandatos da FAF bastante lento para o meu gosto. A apetência pelo cadeirão é tão grande, que o processo já começou inquinado na eleição dos presidentes das associações provinciais de futebol.
Foram feitas denúncias públicas, mas tudo ficou por aí mesmo. Agora soube que para, além de Artur Silva e Norberto de Castro, mais dois candidatos estão perfilados para a corrida a presidência da direcção da Federação Angolana de Futebol.
Para meu espanto, alguns destes novos candidatos já apresentaram e encabeçaram projectos ligados ao futebol, mas como estes parecem encalhados, surgem agora à frente de listas para dirigir os destinos da FAF.
Lamentavelmente, alguns “Verdadeiros Homens do Futebol “ seguem cegamente estes “Verdadeiros Aventureiros do Futebol” contribuindo para a degradação moral e competitiva do nosso futebol.
Neste contexto, tendo como referência os desafios que se perspetivam no âmbito da gestão da federação angolana de futebol, torna-se oportuna a necessidade de refletirmos sobre o futuro do dirigismo desportivo em Angola.
Ao nível da formação dos agentes desportivos, a preocupação tem sido essencialmente com a formação dos treinadores, árbitros e monitores e só recentemente começaram a aparecer as primeiras iniciativas que visam a formação de dirigentes.
Ao mesmo tempo constatamos que a investigação que aborda as questões da formação de dirigentes desportivos, especificamente ao nível da necessidade de formação, não é ainda tão abundante quanto seria desejável.
Sem a capa de salvador, e se Deus permitir, em função do rumo incerto e perigoso que pode tomar o nosso futebol, daqui a quatro anos cá estarei para apresentar a minha candidatura à presidência da federação angolana de futebol, respondendo assim aos meus milhares de seguidores e aficionados do Desporto Rei.
Por: Luís Caetano