Na noite do meu aniversário, encontreime navegando por um sonho tão vívido e colorido que parecia mais uma tapeçaria tecida com fios de realidade e fantasia.
O cenário era uma mistura de São Paulo e Lisboa, cidades que formam o palco da minha vida, entrelaçadas de uma maneira que só a lógica dos sonhos permite. Caminhava pelas ruas de paralelepípedos de Óbidos, mas, ao levantar os olhos, via os arranhacéus de São Paulo recortando o céu.
O ar estava impregnado com o aroma de pastéis de nata e café, uma combinação que me remetia a tantas memórias queridas. Nas ruas, pessoas falavam um português mesclado com sotaques de ambos os lados do Atlântico, criando uma melodia familiar e ao mesmo tempo exótica.
De repente, me vi em uma grande festa, uma celebração do meu aniversário, mas também dos 200 anos de história compartilhada entre Brasil e Portugal.
A festa era um espetáculo cultural, com música, dança e literatura. Grandes figuras da história luso-brasileira, como Fernando Pessoa e Machado de Assis, conversavam animadamente com contemporâneos como Caetano Veloso e Mariza, discutindo arte, política e, claro, a beleza da língua portuguesa.
Em um canto, uma mesa repleta de livros me chamava. Cada livro representava um ano do projeto “200 anos, 200 livros”, e eu podia ouvir as vozes dos autores narrando suas histórias.
Era como se cada página virada revelasse uma nova camada da rica tapeçaria cultural que une Brasil e Portugal.
Então, a cena mudou. Estava em uma sala de aula na Universidade de Coimbra, discutindo estratégias de gestão da informação e segurança com estudantes entusiasmados.
A paixão pelo conhecimento era palpável no ar, e cada debate abria novas janelas para o futuro. O sonho tomou um rumo ainda mais surreal quando me vi flutuando sobre um mapa gigante, traçando linhas entre os países, estabelecendo parcerias internacionais.
Cada linha brilhava, simbolizando as conexões que criei ao longo dos anos, unindo pessoas e ideias através de fronteiras e oceanos.
E, como em todos os sonhos, houve um momento de pura magia. Steve Jobs apareceu, discutindo comigo sobre a biografia “I, Me”. Ele falava sobre a importância da inovação e da persistência, e como cada história tem o poder de inspirar mudanças.
À medida que a noite se desvanecia, o sonho começou a se dissolver, deixando para trás um sentimento de gratidão e inspiração. Acordei com uma sensação de conexão profunda com minha herança cultural, minha carreira e as inúmeras histórias que moldaram quem sou.
Este sonho, no dia do meu aniversário, foi um lembrete maravilhoso da jornada incrível que é a vida, repleta de aprendizados, desafios e, acima de tudo, de conexões humanas significativas.
Por: JOSÉ MANUEL DIOGO