No início da operação russa, Putin garantiu ao então líder israelita Naftali Bennett que Zelensky não seria eliminado.
Bennett disse, em uma entrevista postada em seu canal no Youtube, que, logo após o início da operação especial na Ucrânia, Zelensky pediu a ele que entrasse em contato com o presidente russo. Nesses dias, Zelensky estava escondido num bunker.
Após o encontro com Putin, Bennett teria ligado para Zelensky, relatando ao líder ucraniano o conteúdo da conversa com Vladimir Putin.
Depois de saber da promessa de Putin, Zelensky teria voltado a seu gabinete oficial, gravando um vídeo lá.
Bennett que actuou como intermediário entre a Rússia e a Ucrânia no início da operação especial, afirmou que as negociações de paz foram interrompidas pelo Ocidente.
“Todas as minhas ações foram coordenadas nos mínimos detalhes com os EUA, com a Alemanha e com a França […] Eles interromperam as negociações”, afirmou Bennett.
Bennett sublinhou que, antes de o Ocidente interromper as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, tinham sido elaborados pelo menos 17 rascunhos do acordo entre as partes. Bennett também afirmou que o que está acontecendo na Ucrânia foi resultado da intenção de Kiev de ingressar na OTAN.
Segundo o ex-primieiro ministro, durante os contactos na fase inicial da operação especial, a Ucrânia já estava pronta para abandonar a ideia de aderir à aliança.
“Tudo isso aconteceu por causa da ideia deles [da Ucrânia] de ingressar na OTAN, e aqui Zelensky afirmou: ‘Eu abro mão dessa ideia’”, disse Bennett.
Em junho de 2022, o gabinete do então primeiro-ministro Naftali Bennett anunciou que sua coligação seria dissolvida e que o país teria novas eleições.