Vários morteiros atingiram, ontem, a área exterior ao redor do palácio presidencial em Mogadíscio, capital da Somália, horas antes do início de uma cimeira de líderes regionais para discutir a ofensiva militar contra o grupo terrorista Al Shabaab.
O rebentamento de cinco morteiros, ouvido “amplamente” na capital somali, de acordo com o portal local de notícias Jowhar, coincidiu com o encerramento, esta manhã, das principais vias da cidade algumas zonas estão mesmo encerradas a peões que acolheu, ontem, os chefes de Estado do Quénia e Djibuti, e o primeiroministro etíope, Abiy Ahmed, que irão participar numa cimeira para desenhar uma estratégia conjunta de combate ao grupo radical islâmico Al Shabaab.
O Jowhar não dispõe de dados relativos a eventuais vítimas ou danos materiais e acrescenta que as forças de segurança somali lançaram “operações pesadas” nos bairros de Mogadíscio para capturar os autores do ataque de artilharia, lançado de dentro da cidade.
O Presidente somali, Hassan Sheikh Mohamoud, e os seus homólogos do Djibuti e do Quénia, Ismail Omar Guelleh e William Ruto, respectivamente, e o chefe do governo etíope reúnem-se para “discutir formas de trabalhar em conjunto” para enfrentar a insurreição armada do Al Shabaab, que dura há 15 anos, anunciou o Governo somali numa declaração divulgada essa Terça-feira.
“Esperamos que esta colaboração nos permita libertar rapidamente o país dos renegados (Al Shabaab), que sofreram pesadas perdas no terreno nas últimas semanas”, acrescentou a declaração.
O Presidente somali assumiu o poder no início de Junho do ano passado com a promessa de travar uma “guerra total” contra o Al Shabaab, filiado na Al-Qaeda, cujo começo da rebelião contra o governo federal somali remonta a 2007.
Expulsos das principais cidades do país em 2011-2012, os insurgentes da Al Shabaab continuam entrincheirados nas vastas zonas rurais do país e realizam com frequência ataques mortíferos na Somália, incluindo em Mogadíscio, assim como em países vizinhos.