A variante EG.5 da Covid-19 emergiu como a mais frequente na China, e responde actualmente por 71,6% das infecções pelo novo coronavírus no país, informou, ontem, o jornal oficial em língua inglesa China Daily
Os dados publicados no fim-de-semana pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da China, indicam um forte aumento no número de infecções por aquela subvariante que, em Abril passado, correspondia a apenas 0,6% do total de casos no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) listou a EG.5 como variante de interesse, não indicou que represente uma ameaça maior em comparação com outras cepas.
Quem contraiu infecção pela subvariante XBB da Ómicron, entre Abril e Junho, pode ter alguma imunidade contra a EG.5, segundo a organização.
De acordo com o CDC, a disseminação do EG.5 não exerceu pressão significativa sobre o sistema hospitalar do país asiático e é improvável que leve a surtos em massa.
“Não há evidências conclusivas que sugiram que a EG.5 possa causar sintomas graves”, afirmou o CDC, citado pelo China Daily.
O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou no início de Agosto que embora o risco geral seja baixo, a disseminação global da EG.5 pode contribuir para um aumento de casos de Covid-19 em diferentes partes do mundo.
“Não há dúvida de que o risco de morte ou de casos graves é agora muito menor do que há um ano, devido à crescente imunização da população graças a vacinas e infecções, mas apesar da melhoria, a OMS continua a considerar que o vírus representa um risco alto para a saúde pública”, acrescentou o especialista etíope.
Embora a OMS tenha declarado o fim da emergência internacional em 5 de Maio, Tedros Ghebreyesus disse no início do mês que o “vírus continua a circular em todos os países e continua a matar e a sofrer mutações”.
Desde o início da pandemia, no final de 2019, a OMS registou quase 7 milhões de mortos em todo o mundo, tornando a crise sanitária uma das mais graves desde a causada pela gripe espanhola, em 1918.
Em comparação com os piores momentos da pandemia, em que foram notificados mais de 20 milhões de casos semanais globalmente (no início de 2022 com a variante Ómicron), apenas cerca de 10 mil infecções foram relatadas na Europa e 20 mil nos Estados Unidos, em Julho, embora os números ainda fossem relativamente altos na região da Ásia – Pacífico (288 mil positivos).