Numa conferênciade imprensa conjunta com a Polícia, Aquiles Álvarez manifestou solidariedade às famílias das vítimas e disse que o seu compromisso “é com a segurança” da cidade costeira
“Vamos trabalhar de forma proactiva e colaborativa com as forças públicas, a quem apoiamos de forma absoluta para fortalecer a resposta conjunta à grave crise de segurança”, acrescentou o autarca.
Álvarez apelou também à “unidade nacional” e mostrou-se confiante de que “as Forças Armadas e a Polícia Nacional” tomarão as medidas necessárias para restabelecer a ordem e a paz no Equador.
O Equador foi atingido por uma série de actos de violência em várias cidades, incluindo na capital Quito. Em Guayaquil, epicentro da violência e segunda maior cidade do país sul-americano, ocorreram roubos, saques e tiroteios em áreas comerciais, admitiu a Polícia, numa conferência de imprensa.
Na zona norte da cidade costeira, vários indivíduos dispararam contra veículos que passavam nas imediações, provocando a morte de cinco pessoas e ferindo um estudante.
Na mesma zona, um grupo armado invadiu um armazém e assassinou três pessoas. Também em Guayaquil, vários homens armados invadiram um estúdio do canal de televisão TC e fizeram os jornalistas e outros funcionários reféns durante uma transmissão em directo.
Todos os homens armados que invadiram o estúdio de televisão foram, entretanto, detidos, segundo o chefe da Polícia Nacional, comandante César Zapata, em declarações ao canal Teleamazonas.
A Procuradoria do Equador disse na rede social X que irá acusar 13 pessoas pelo crime de terrorismo pelo ataque. Pouco tempo depois, o presidente do Equador decretou estado de “conflito armado interno” e ordenou a neutralização dos grupos criminosos envolvidos no tráfico de drogas.
Num decreto presidencial, Daniel Noboa ordenou “a mobilização e intervenção das forças armadas e da Polícia Nacional (…) para garantir a soberania e integridade nacionais contra o crime organizado e organizações terroristas”.
Também o Tribunal Nacional de Justiça (CNJ) lamentou a “ofensiva do crime organizado”, referindo-se igualmente a motins nas prisões, automóveis incendiados e ataques com explosivos.
Em comunicado, o tribunal condenou os ataques e ameaças que surgiram contra o presidente do CNJ, Iván Saquicela, e a procuradora-geral do Estado, Diana Salazar.
O Equador viveu na Terça-feira um dia de terror devido à actuação de grupos do crime organizado, depois de o presidente ter decretado, na Segunda-feira, o estado de emergência, que incluiu seis horas de recolher obrigatório durante a noite.