Moçambique, Chade, República Centro-Africana, RD Congo e Sudão do Sul serão os primeiros cinco países a receber a vacina desenvolvida na Índia e Reino Unido
O maior fabricante de vacinas do mundo, sediado na Índia, vai começar a distribuir uma nova vacina contra a malária, a partir de Maio, em África, noticiou a agência France-Presse (AFP).
O Serum Institute of India (SII) planeia enviar, este ano, 25 milhões de doses da vacina, de baixo custo, denominada R21, desenvolvida com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Moçambique, Chade, República Centro-Africana, RD Congo e Sudão do Sul serão os primeiros cinco países a receber as doses da R21, disse o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) à AFP.
Uganda e Nigéria estão a planear a introdução da vacina no final do ano. “Oferecemos estas vacinas ao continente africano a USD 4 (3,65 euros) ou menos no primeiro ano.
E à medida que aumentarmos a produção, poderemos baixar o preço um pouco mais”, disse o director executivo da SII, Adar Poonawalla. A produção pode chegar a 100 milhões de doses por ano, indicou.
O envio das vacinas deverá começar no final de Abril e a distribuição terá início em Maio e Junho, disse o director de investigação e desenvolvimento da SII, Umesh Shaligram.
R21 recomendada pela OMS A R21 foi recomendada em Outubro pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para “prevenir a malária em crianças em risco de contrair a doença”.
O Unicef e a Aliança Global de Vacinas (Gavi) vão ser as principais organizações a adquirir e a distribuir as vacinas. Duas vacinas contra a malária Transmitida aos seres humanos pela picada de certos tipos de mosquitos, a malária mata mais de 600 mil pessoas todos os anos, 95% das quais em África, de acordo com dados da OMS.
No continente, mais de 80% das mortes são de crianças com menos de cinco anos. Em 2021, outra vacina, a “RTS,S”, produzida pelo gigante farmacêutico britânico GSK, tornou-se a primeira vacina a ser recomendada pela OMS para prevenir a malária em crianças, em áreas onde a transmissão da doença é moderada a alta.
As duas vacinas têm taxas de eficácia semelhantes, de cerca de 75%, quando administradas nas mesmas condições.