A Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS) e o Exército da Somália indicaram, ontem, ter abatido um número substancial de “terroristas do Al Shabab” acusados de um ataque a uma base militar, na Sexta-feira
‘As tropas da ATMIS e do Exército da Somália perseguiram com êxito os terroristas do grupo Al Shabab que fugiram depois do ataque contra a base de operações avançada (FOB – forward operating base) da ATMIS em Bulo Marer”, disse a missão da União Africana através de uma declaração transmitida na rede social Twitter.
“Um número substancial de terroristas foi eliminado.
A força conjunta também recuperou várias armas que tinham sido saqueadas na FOB”, acrescenta a nota.
A missão da União Africana (UA) indicou que “mantém o compromisso na luta contra o terrorismo” e que vai continuar a trabalhar em estreita colaboração com o Governo Federal da Somália e os parceiros internacionais, “para garantir a segurança” no país.
Na passada Sexta-feira, o Comando Militar dos Estado Unidos em África (AFRICOM) lançou um ataque aéreo contra os alegados responsáveis de um outro ataque a instalações da ATMIS destruindo “armas e equipamento ilegalmente tomados pelos combatentes do Al Shabab”.
Yoweri Museveni, Presidente do Uganda, admitiu, no Sábado, a morte de soldados ugandeses – que integram a missão da UA no ataque dos membros do Al Shabab – em Bulo Marer, a 120 quilómetros de Mogadíscio.
Até ao momento, não foi revelado o número oficial de mortos da missão da UA e do Exército no ataque de Sexta-feira.
Um comunicado do Al Shabab referiu que o grupo invadiu a base com êxito, tendo a operação resultado na morte de “137 cruzados” (militares da UA e das forças de Mogadíscio).
Actualmente, a ATMIS conta com cerca de 20 mil soldados procedentes do Uganda, Burundi, Quénia, Djibuti e Etiópia que combatem o grupo Al Shabab na Somália.
O grupo terrorista está associado à Al Qaeda desde 2012 na luta contra o Governo central de Mogadíscio, tendo como objectivo a instauração de um estado islâmico conservador.
O Al Shabab controla zonas rurais do centro e do Sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.