A União Europeia duplicou para 100 milhões de euros o financiamento à guerra contra o terrorismo no Sahel. Mali, Mauritânia, Chade, Níger e Burkina Faso são os países envolvidos na luta armada.
A União Europeia (UE) e os Estados-membros doadores, incluindo Portugal, confirmaram a duplicação, para 100 milhões de euros, do financiamento da força militar composta por cinco países africanos para combater extremistas na região do Sahel. Na conferência de doadores, em que participaram 32 chefes de Estado e de Governo, a UE Governo confirmou a sua decisão de duplicar de 50 para 100 milhões de euros a sua contribuição para a força militar conjunta do G5, que combate as forças jihadistas activas na região.
“O preço de não haver paz paga-se todos os dias”, salientou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, intervindo na reunião. Por seu lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou, numa mensagem, o empenho da UE em ajudar a força conjunta do G5 Sahel — Mali, Mauritânia, Tchad, Níger e Burkina Faso — “a prevenir o extremismo violento, a lutar contra o terrorismo e a criminalidade organizada”, com o envolvimento da União Africana e das Nações Unidas. Juntos, sublinhou Guterres, “poderemos instaurar a paz, a estabilidade e a prosperidade na região”. A UE e os Estados-membros são os maiores contribuintes para a ajuda ao desenvolvimento nos países do Sahel, com uma verba de mais de oito mil milhões de euros atribuída para o período 2014-2020.