A União Europeia (UE) condenou, ontem, os ataques perpetrados por milícias que provocaram a morte de 17 militares no Níger e considerou que estas acções são resultados de um país “muito enfraquecido” por um golpe de Estado.
“A UE condena, veementemente, os ataques perpetrados por grupos armados que causaram a morte de pelo menos 17 soldados nigerinos”, escreveu o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na rede social Twitter.
Borrell acrescentou que o “restabelecimento da ordem constitucional” é a “única maneira de restabelecer a segurança de um país muito enfraquecido por uma tentativa de golpe de Estado”.
Também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou o ataque fundamentalista e apelou à junta golpista do Níger para restabelecer a ordem constitucional e concentrar-se na luta antiterrorista.
Pelo menos 17 militares morreram no terceiro ataque contra o exército nigerino na fronteira com o Mali, depois de um golpe de Estado no dia 26 de Julho, organizado pelo general Abdourahmane Tiani. O Presidente do país, Mohamed Bazoum, foi deposto e está desde então detido em prisão domiciliária.
O Níger enfrenta uma situação cada vez mais precária, com a instabilidade político-social a agravar a de segurança, uma vez que há milícias que são ramificações de grupos como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.
O país é o quarto na África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné e do Burkina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.