“Há planos para chamar mais 160 mil pessoas”, disse o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Oleksandr Lytvynenko, no parlamento. À AFP, uma fonte disse que o recrutamento vai acontecer durante três meses.
Nos últimos meses, a Rússia tem conseguido grandes avanços, ilustrando as dificuldades com que se depara o exército ucraniano face aos russos, mais numerosos e bem armados.
Recorde-se que a Ucrânia declarou uma mobilização geral em Fevereiro de 2022, que já foi prolongada várias vezes desde então. A mobilização ocorreu depois de a Rússia invadir o país, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no Leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo a afastarse do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Já em Maio deste ano entrou em vigor na Ucrânia uma controversa nova lei de mobilização militar, na qual foi reduzida a idade mínima de recrutamento dos 27 para os 25 anos, por exemplo.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infra-estruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.