Os participantes na reunião de ministros das Relações Exteriores da OTAN concordaram que a Ucrânia não vai receber um convite para aderir à aliança na próxima cimeira em 2024, que será realizada em Washington, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, nesta quarta-feira (29).
“Hoje, os aliados sublinharam que, nas actuais circunstâncias, não se pode falar da adesão da Ucrânia à OTAN, então ficou claro para todos que até à próxima cimeira, a Ucrânia não receberá um convite para a OTAN, apesar do facto de a aliança celebrar na próxima cúpula de Washington o seu 75º aniversário”, disse Szijjarto aos jornalistas após uma reunião do Conselho OTAN-Ucrânia, transmitida nas redes sociais.
Comentando o plano de reforma da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia, o ministro disse que contém uma cláusula sobre os direitos das minorias nacionais e que a Hungria irá monitorar seriamente a sua implementação.
“A adesão da Ucrânia à OTAN é prematura por duas razões.
A primeira é o Tratado de Washington que estabelece a OTAN, cujo artigo 10º afirma que apenas os países que contribuiriam para a segurança do Atlântico Norte podem aderir à aliança”, disse ele, acrescentando que a admissão da Ucrânia na aliança levaria a OTAN à ameaça de um confronto directo com a Rússia, o que significaria a Terceira Guerra Mundial.
A segunda razão pela qual a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica é prematura, para o ministro, é que a OTAN é uma comunidade baseada em valores de acordo com o Tratado de Washington, observando que “é óbvio que não há lugar na aliança para um país que constantemente tira, viola, revoga os direitos das minorias nacionais”.