O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, instou, ontem, em Adis Abeba, as partes em conflito no Sudão a chegarem a um cessar-fogo humanitário com urgência, no dia em que decorrem as conversações promovidas pela Arábia Saudita e pelos Estados Unidos
Em comunicado, o líder da UA disse estar a acompanhar de perto as conversações entre as Forças Armadas sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês), que começaram ,ontem, Segunda-feira, em Jeddah.
Para Mahamat, um cessar-fogo humanitário com urgência será o “primeiro passo para permitir o fornecimento imediato de materiais de socorro para aliviar o sofrimento dos civis sudaneses, que têm suportado o peso desta crise”.
Moussa Faki Mahamat apelou também às partes do conflito para aceitarem a abertura imediata de “corredores humanitários para facilitar a distribuição de bens essenciais e o restabelecimento dos serviços”.
Reiterou “o imperativo de as partes cumprirem o Direito Internacional Humanitário e o Direito Internacional dos Direitos Humanos e silenciem, permanentemente, as armas no supremo interesse do povo do Sudão”.
Moussa Faki Mahamat sublinhou a necessidade urgente de a comunidade internacional conjugar os seus esforços numa acção colectiva para exprimir a sua solidariedade com o povo sudanês em prol da paz, da democracia e do desenvolvimento.
O conflito no Sudão, que começou a 15 de Abril, provocou 700 mortos, 5 mil feridos, 335 mil deslocados e 115 mil refugiados.