O ex-presidente dos EUA garantiu que colocaria aliados em posiçõeschave no Pentágono e demais sectores para mudar radicalmente os rumos da política externa norte-americana.
De acordo com antigos assessores e diplomatas próximos ao ex-presidente norte-americano, num segundo mandato de Donald Trump, seriam colocadas pessoas de sua confiança em posições-chave no Pentágono, no Departamento de Estado e na CIA, cuja principal lealdade seria para com ele, dando maior liberdade para Trump promulgar políticas que mudariam radicalmente a posição dos EUA diante dos actuais desafios do país, disse a Reuters.
Questões que vão desde o conflito na Ucrânia ao comércio com a China, bem como nas instituições federais que implementam — e por vezes restringem — a política externa, serão alteradas pelo republicano, disseram assessores e diplomatas.
Durante o seu mandato de 2017- 2021, Trump lutou para impor a sua visão por vezes impulsiva e errática ao sistema de segurança nacional dos EUA, e muitas vezes o expresidente expressou frustração com os altos funcionários que impediram, ou arquivaram ou ainda o dissuadiram de algumas das suas propostas de mudança.
De acordo com a mídia, ter mais legalistas no poder permitiria a Trump avançar nas suas prioridades de política externa de forma mais rápida e eficiente. Entre as propostas de campanha deste ano, Trump disse que enviaria Forças Especiais dos EUA contra os cartéis mexicanos — algo que provavelmente não vai obter a aprovação do governo do México.
Se regressar ao poder, Trump não perderia muito tempo e cortaria a ajuda de defesa à Europa e diminuiria ainda mais os laços económicos com a China, além de impor novas tarifas comerciais aos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) caso eles não cumpram o compromisso assumido de comprometer 2% de seu produto interno bruto (PIB) com defesa, disseram os assessores.
Ao contrário do que aconteceu no período que antecedeu a sua eleição de 2016, Trump cultivou um grupo de pessoas com quem fala regularmente e que têm uma experiência significativa em política externa e a sua confiança pessoal, de acordo com a mídia.
Entre os seus conselheiros estão John Ratcliffe, o último director de Inteligência Nacional de Trump, o ex-embaixador dos EUA na Alemanha, Richard Grenell, e Kash Patel, um ex-funcionário de Trump que ocupou vários cargos nas comunidades de inteligência e defesa.