Em entrevista ao canal Fox News e citado pela Lusa, na Segunda-feira, Trump disse que “provavelmente” vai debater, mas que “também pode argumentar não o fazer”.
Depois de o Presidente norteamericano, Joe Biden, ter abandonado a corrida e de Harris ter surgido como possível candidata democrata, Trump tem vindo a questionar os termos do debate original com Biden.
Sugerindo que o debate de 10 de Setembro na ABC News fosse transferido para uma rede diferente, chamando à ABC “fake news”. Trump considerou que qualquer debate tem de ser realizado antes do início da votação antecipada nos Estados, prevista em meados de Setembro, sobretudo na Pensilvânia que considerou um estado-chave.
“A resposta é sim, mas também posso argumentar que não o vou fazer”, indicou. Na entrevista, o candidato republicano também procurou esclarecer os comentários feitos na semana passada, num evento conservador, em que disse a uma audiência de cristãos que “não terão de votar mais” depois de ser eleito Presidente em Novembro. Explicou que eles não votam e eu estou a explicar-lhes isso. Vocês nunca votam. Desta vez, votem. Eu vou endireitar o país. Não vão precisar de votar mais. Não vou precisar do vosso voto”.
Os comentários alarmaram democratas e observadores que disseram notar um padrão no uso de linguagem autoritária por Trump, lembrando a recusa em aceitar a derrota nas presidenciais de 2020.
Questionado sobre se queria dizer que os cristãos não vão precisar de votar nele porque só terá quatro anos de mandato, Trump respondeu que “não te preocupes com o futuro. Votem, votem, têm de votar a 5 de Novembro.
Depois disso, não têm de se preocupar mais com o voto. Não me importo porque vamos consertar tudo, o país vai estar consertado e nem vamos precisar mais do vosso voto porque, francamente, vamos ter muito amor. Se não quiserem votar mais, não há problema, diz Donald Trump.