No seu primeiro comício de campanha desde que escapou, por pouco, ao atentado contra a sua vida na Pensilvânia, Trump disse perante uma multidão no Michigan, no Sábado: “[O Presidente Xi Jinping] escreveu-me uma bela mensagem no outro dia, quando soube do que aconteceu”.
O candidato presidencial republicano recordou ainda que Xi é “um homem brilhante, que controla 1,4 mil milhões de pessoas com um punho de ferro”, acrescentando que o líder chinês faz com que pessoas como Biden pareçam “bebés”, noticia a Reuters.
Para além dos já conhecidos ataques a Biden e à vice-presidente Kamala Harris, Trump também usou o comício em Grand Rapids para saudar Xi e Vladimir Putin como figuras “inteligentes e duras” que “amam o seu país”, fazendo eco dos elogios que fez em 2022 à estratégia do presidente russo para invadir a Ucrânia.
Nesse mesmo discurso de 2022, num comício na Geórgia, Trump chamou Kim Jong-un de “duro” e disse sobre Kim e Xi: “O mais inteligente chega ao topo”. No Sábado, Trump afirmou que “se dava muito bem” com os dois líderes.
Uma semana após o tiroteio, ainda com um pequeno curativo, Trump também apoiou, publicamente, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, dizendo que ele estava certo ao dizer que “temos de ter alguém que nos possa proteger”.
Depois de se ter encontrado recentemente com Trump na Flórida, Orbán assinalou a probabilidade de uma vitória de Trump e instou os líderes europeus a reabrirem “linhas directas de comunicação diplomática” com a Rússia e “conversações políticas de alto nível” com a China.
A referência de Trump a uma “bela mensagem” de Xi faz ecoar as famosas “cartas de amor” que recebeu de Kim, da Coreia do Norte. Em Setembro de 2018, Trump disse, num comício na Virgínia Ocidental: “Apaixonámo-nos. Não, a sério. Ele escreveu-me cartas lindas”.