O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou ontem que vai deixar a liderança do Partido Liberal, assim como o seu cargo enquanto primeiroministro, quando o partido eleger um novo sucessor.
“Tenciono demitir-me do cargo de líder do partido e de primeiro-ministro assim que o partido tiver escolhido o seu próximo líder”, disse aos jornalistas na capital, Otava.
Na conferência de imprensa, que foi citada pela BBC, Trudeau adiantou que a decisão da sua demissão foi tomada depois de uma conversa com a família, que sempre o apoiou, revelando ainda que comunicou esta decisão aos filhos durante o jantar no dia de ontem.
O primeiro-ministro canadiano afirmou ainda que o país “merece uma escolha verdadeira” nas próximas eleições, acrescentando que, para Trudeau, ficou claro de que se tem de “lutar internamente” não será a melhor opção para os votos dos canadianos.
Durante a conferência de imprensa, Justin Trudeau ressalvou que o partido liberal foi eleito, pela terceira vez, em 2021 para fortalecer a economia pós-pandemia e para promover os interesses dos cidadãos, frisando também que o Canadá é “hoje um país melhor” do que aquele que encontrou em 2015 e que o seu governo fez a economia funcionar para todos.
Quase dez anos depois de ter chegado ao poder, Justin Trudeau, 53 anos, estava sob pressão há semanas, com a aproximação das eleições gerais numa altura em que o Partido Liberal do Canadá (PLD) está mal colocado em diversas sondagens.
De recordar que, durante esta segunda-feira, já tinha sido avançado que Trudeau deveria anunciar a sua demissão, depois de três fontes próximas ao político terem revelado que estaria a ponderar abandonar a liderança do Partido Liberal.
O primeiro-ministro tem enfrentado várias críticas nos últimos tempos que se intensificaram após a demissão da sua ministra das Finanças, Chrystia Freeland.