Francisco renovou o pedido para um cessarfogo, dias antes de se assinalar um ano desde o início da “absurda e cruel” guerra na Ucrânia.
O Papa Francisco apelou, ontem, Quarta-feira, ao cessar-fogo e início das negociações de paz na Ucrânia, há quase um ano em conflito.
Durante a sua Audiência Geral no Vaticano, na manhã dessa Quarta-feira de Cinzas, o Papa disse que os seus pensamentos vão novamente para o povo ucraniano.
“Queridos irmãos e irmãs, depois de amanhã, 24 de Fevereiro, fará um ano desde a invasão da Ucrânia”, afirmou. “Um ano desde o início desta guerra absurda e cruel, um triste aniversário.”
“O número de mortos, feridos, refugiados, isolados, destruições, danos económicos e sociais falam por si”, continuou o Sumo Pontífice.
“Que o Senhor perdoe todos esses crimes e toda essa violência: Ele é o Deus da paz”. “Fiquemos perto do atormentado povo ucraniano”, acrescentou, questionando se foi feito tudo o que é possível para parar a guerra, chegar a um cessar-fogo e iniciar as negociações de paz.
O que quer que seja construído sobre escombros nunca pode ser uma verdadeira vitória.”
Desde o início da guerra, o Papa tem feito inúmeros apelos pela paz e pelo fim da violência que ceifou inúmeras vidas e feriu dezenas de outras pessoas.
O Papa Francisco sempre expressou a disponibilidade da Santa Sé para ajudar nos esforços de pacificação e o seu interesse em visitar os dois países.
A ofensiva militar lançada em 24 de Fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8 milhões para países europeus, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas (ONU), que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).