As vítimas são mulheres e crianças, raptadas à luz do dia, no passado domingo, na aldeia Quinto Congresso, ao longo da estrada EN380, no distrito de Macomia, avançou à Lusa uma fonte a partir de Macomia.
“As vítimas estavam no seio familiar, entre mães, filhos e netos, nas proximidades da aldeia, quando foram surpreendidas por este grupo”, explicou a fonte. Além de raptar as 10 pessoas, os supostos rebeldes roubaram alimentos, acrescentou a fonte.
“Levaram também carne que pertencia a três velhos caçadores da comunidade”, avançou a fonte. O cenário criou pânico entre os residentes e alguns decidiram abandonar a comunidade, refugiando-se na sede distrital, indicou à Lusa outra fonte a partir de Macomia.
Numa nota oficial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) manifestou-se “seriamente preocupado” com o aumento de raptos de crianças por grupos rebeldes em Cabo Delgado, alertando que as vítimas são obrigadas a desempenhar funções de combate a este crime.
“O Unicef está seriamente preocupado com o recente aumento de casos de raptos de crianças por grupos armados não estatais na província de Cabo Delgado”, refere-se no documento.
Segundo esta agência das Nações Unidas, as crianças que são raptadas por rebeldes têm sido obrigadas a desempenhar “funções de combate”, uma “violação grave dos direitos dos menores”.