Por outro lado, estes dois inquéritos de opinião, quando faltam 27 semanas para o sufrágio, coincidem na identificação da situação económica e da inflação como as preocupações dominantes entre os votantes. A sondagem da SSRS para a CNN foi feita entre 18 e 23 de Abril.
Nesta, Trump aparece com 49% de apoio a nível nacional, com Biden a recolher 43%, ambos sem alteração em relação aos números de Janeiro.
O sistema de colégio eleitoral, que decide a eleição presidencial, através do qual cada Estado atribui uma quantidade de delegados ao vencedor do voto popular no seu território, torna alguns Estados, em particular os mais incertos na escolha política final, decisivos para decidir a contenda.
Na sondagem para a CBS News, feita entre 19 e 25 de Abril, nos Estados do Michigan, da Pensilvânia e do Wisconsin, três Estados cruciais para as eleições, as preferências dos eleitores estão dentro da margem de erro (mais ou menos 3,2 pontos percentuais).
Na eleição de 2020, Biden derrotou Trump nestes três Estados, mas agora o inquérito da CBS indica que 50% dos inquiridos na Pensilvânia e no Wisconsin preferem Trump e 49% Biden, enquanto no Michigan verifica-se o oposto, com Biden a receber 51% das preferências e Trump 49%.
O assunto dominante na conjuntura é a situação económica dos EUA. O inquérito da CNN revela que o índice de aprovação para a gestão económica de Biden está em 34%. O da CBS aponta que os que sentem que a situação económica é boa são 38% dos inquiridos no Michigan e na Pensilvânia e 42% no Wisconsin.
Quase dois terços [61% na Pensilvânia e 62% no Michigan e Wisconsin] pensam mesmo que a situação económica era melhor durante o tempo de Trump na Casa Branca.
O inquérito apurou que no Michigan a economia é o factor dominante nas decisões de 80% dos prováveis votantes, seguido pela inflação (77%) e pelo estado da democracia (72%), ao passo que a situação na fronteira com o México é importante para 55% e a legalidade do aborto preocupa 53%.
Já na sondagem da CNN, a economia surge como a principal preocupação para 65% dos prováveis votantes, com 48% a considerarem importante também a imigração e 42% a relevarem o aborto.