O ministro dos Negócios Estrangeiros russo afirmou, esta segunda-feira, em Moscovo, que as conversações sobre uma solução de dois Estados, que permita a coexistência pacífica entre Israel e a Palestina, são a única forma de avançar após o fim das hostilidades.
A comunidade internacional pode ter um papel a desempenhar, mas falta um rumo comum e determinação. “A reação internacional à ofensiva chocante do Hamas contra Israel e o bombardeamento maciço de Israel a Gaza, em resposta, expôs as divisões e as diferentes visões do conflito em todo o mundo”, explicava a correspondente da Euronews, Anelise Borges.
“Os países do Ocidente, sobretudo, acusam o Hamas de um ataque terrorista, com os EUA, o Reino Unido, a França e a Itália a insistirem que Israel tem o direito a defender-se”, frisava Anelise Borges. “Ninguém mencionou a recente escalada da violência nos colonatos israelitas, nem as tensões em torno da mesquita de Al-Aqsa, nem as centenas de civis mortos em ataques aéreos em Gaza, este ano”, lembrava a jornalista, ressalvando que “China, Turquia, Emirados Árabes Unidos e União Africana têm apelado ao fim da violência e ao regresso às conversações de paz, com o apoio da comunidade internacional”.
Muitos dos atores regionais estão “dispostos a intensificar os esforços diplomáticos, para mediar a crise”, mas “insistem que a solução de dois Estados é a única forma de garantir uma paz regional duradoura”.