O ex-comandante das tropas da OTANna Europa e almirante reformado da Marinha dos EUA, James Stavridis, considera que a situação no Níger pode evoluir para uma guerra em grande escala no continente africano
Anteriormente, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu uma semana para que o Níger restituísse no poder o presidente Mohamed Bazoum.
Caso contrário, segundo disse o presidente da comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, o órgão usaria a força para restaurar a ordem constitucional.
Ao mesmo tempo, a mídia ocidental informou que um plano para uma possível intervenção militar na situação no Níger já estava desenvolvido.
“Levará isto a uma guerra total em África?
Certamente, tem o potencial para isso, e seria um evento significativo e devastador”, escreve o ex-comandante das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Europa e almirante reformado da Marinha dos EUA, James Stavridis, na rede social X (antigo Twitter).
Anteontem (6), os rebeldes no Níger anunciaram que um Estado não designado estava a preparar um ataque ao país. Eles também declararam o encerramento do espaço aéreo.
A CEDEAO declarou, anteriormente, que estava suspensa a assistência financeira ao Níger, bem como proibida a movimentação e congelava os activos dos participantes no golpe, membros das suas famílias e todas as pessoas que concordaram em “participar nas instituições” estabelecidas pelos militares rebeldes.
Entretanto, no Domingo (6), milhares de manifestantes se reuniram na capital do Níger, Niamey, para expressar o seu apoio aos militares que chegaram ao poder e condenar as sanções da CEDEAO impostas ao país.
Antes, um grupo de militares do Níger anunciou a destituição do presidente Mohamed Bazoum e o encerramento das fronteiras.