O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, declarou que Seul quer reforçar a cooperação com Amesterdão, Washington e Tóquio no domínio dos semicondutores, uma indústria chave perturbada pela concorrência entre os Estados Unidos e a China.
A Coreia do Sul tenciona “reforçar consideravelmente a cooperação no domínio dos semicondutores com países tão importantes como os Países Baixos, os Estados Unidos e o Japão”, declarou Yoon Suk-yeol, numa entrevista escrita à agência de notícias France-Presse, antes do início, na Segunda-feira, da visita de Estado aos Países Baixos.
Utilizados em tudo, de armas a automóveis e frigoríficos, os ‘microchips’ alimentam a economia global moderna, sendo a Coreia do Sul responsável por cerca de 60% da oferta global, sublinhou Yoon.
“À medida que a concorrência entre países e regiões se intensifica pela hegemonia das tecnologias emergentes, a indústria dos semicondutores é mais importante do que nunca do ponto de vista estratégico, o que torna esta visita aos Países Baixos particularmente significativa”, defendeu.
“Os semicondutores são o pilar da cooperação entre a Coreia e os Países Baixos”, ambos grandes produtores de semicondutores, sendo “o crescimento estável e sustentável da indústria mundial de semicondutores do interesse fundamental de ambos os países”, acrescentou o Presidente sul-coreano.
Os Países Baixos juntaram-se recentemente aos EUA e ao Japão na imposição de restrições à exportação de equipamento avançado de fabrico de semicondutores, com o objectivo de impedir a China de adquirir os ‘chips’ mais avançados susceptíveis de serem utilizados em armamento e alta tecnologia.
Estas restrições provocaram a ira de Beijing, que acusou Washington de “terrorismo tecnológico”.