O director dos serviços de informações australianas, Mike Burgess, avisou que a capacidade de segurança da Austrália está a deteriorar-se, estando vulnerável para a acção de inimigos externos.
A Austrália quer equiparse com submarinos de ataque nuclear até 2040 – no âmbito da aliança tripartida Aukus, que estabeleceu com os Estados Unidos e o Reino Unido – depois de ter denunciado um acordo anterior com a França que lhe forneceria estes submarinos. Este programa estratégico representa um alvo atrativo, incluindo para as nações amigas, de acordo com Burgess.
A China criticou o pacto Aukus, considerando que a entrega de submarinos com propulsão nuclear a Camberra violava as regras de não proliferação nuclear e constituía uma ameaça à sua segurança.
Os serviços de informação estrangeiros estão a tentar compreender as capacidades dos futuros submarinos Aukus e como serão implantados, tentando minar a confiança dos aliados na Austrália, explicou Burgess num discurso em Camberra.
De acordo com este responsável dos serviços de informações, até 2030, esses inimigos provavelmente tentarão minar o apoio ao programa Aukus e poderão querer “sabotá-lo”, se as tensões regionais aumentarem.
Burgess disse ainda que o terrorismo continua a ser uma ameaça real, citando potenciais perpetradores solitários. Em relação aos opositores de certos regimes estrangeiros estabelecidos na Austrália, “as investigações dos serviços de informações identificaram pelo menos três países diferentes que estavam a conspirar para prejudicar fisicamente pessoas que viviam na Austrália”, segundo Burgess.