O secretário-geral da Aliança Atlântica (NATO), Jens Stoltenberg, visita a Arábia Saudita entre Terça e Quarta-feiras e encontrar-se-á com o ministro da Defesa, cinco dias depois da visita de Putin ao país.
Em comunicado, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) afirma que Jens Stoltenberg vai reunir-se com Khalid bin Salman Al Saud e outros “oficiais de topo”, sem especificar.
A curta nota divulgada não revela se Stoltenberg vai encontrar-se com o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, mas a visita do secretário-geral da NATO realiza-se cinco dias depois do encontro entre o herdeiro da coroa saudita e o Presidente russo, Vladimir Putin.
Putin encontrou-se na semana passada com Mohammed bin Salman para discutir a cooperação entre os dois países, principalmente, ao abrigo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e sobre “ajuda para remover as tensões no Médio Oriente”.
Numa altura em que o apoio de Washington a Kiev está tremido e a Rússia pode encontrar um fôlego extra na campanha militar contra a Ucrânia, a NATO está a desdobrar-se em esforços para isolar Moscovo.
Em simultâneo, os países que integram a NATO querem servir de intervenientes no desagravamento das tensões no Médio Oriente, enquanto segue a guerra entre o movimento islamista Hamas e Israel, depois do maior atentado contra a população judaica desde a Segunda Guerra Mundial, que degenerou numa catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, com mais de 17.000 mortos e o território assolado por bombardeamentos incessantes.
Os Estados Unidos da América são o maior apoiante de Israel na incursão no enclave palestiniano e a posição norte-americana está a ser amplamente contestada pela comunidade internacional, incluindo por países que também pertencem à NATO, como Espanha, depois do veto de uma resolução dos Emirados Árabes Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas para um cessar-fogo imediato.