Na Quinta-feira (8), o jornalista independente e ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson, transmitiu uma entrevista com o presidente russo Vladimir Putin.
Apesar da condenação da grande mídia, a entrevista rapidamente ganhou centenas de milhões de visualizações em várias plataformas. O sucesso da entrevista de Putin foi o resultado de os americanos estarem “famintos por informações sobre o que a Rússia está pensando”, disse à Sputnik o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter.
Anteriormente, Ritter falou sobre as tentativas de punir Carlson por fazer a entrevista, incluindo o ex-primeiro-ministro belga e actual membro do Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, que sugeriu que Carlson poderia enfrentar sanções por fazer a entrevista. “Por que pecado?”, interrogou Ritter. “Pelo pecado de deixar o presidente russo falar?”, indagou.
A entrevista ganhou mais de 198 milhões de visualizações na rede social X, mais de 15 milhões de visualizações no YouTube, além de uma quantidade desconhecida noutras plataformas, incluindo o site de Carlson.
Enquanto Ritter chamou Tucker de “idiota” por não estar mais bem preparado para a entrevista, ele disse que o importante é que Putin conseguiu falar com o povo americano através da sua perspectiva pessoal. “As palavras de [Putin] estão a ressoar, porque [os americanos vão reflectir], ‘espere lá.
A mim foi dito que este tipo é a personificação do mal. Foi-me dito que ele não quer um acordo negociado. Disseram-me que ele invadiu deliberadamente, que quer invadir a OTAN’”, explicou Ritter.
“E [Putin está] dizendo que ele está mais do que feliz em se sentar à mesa e discutir, se alguém [quiser] falar, que o problema aqui não é Putin, o problema aqui são os EUA […] e as [pessoas] por todos os Estados Unidos da América vão entender”.
A entrevista de Tucker Carlson, com o presidente russo Vladimir Putin, divulgada na Quinta-feira (8), durou mais de duas horas e cobriu uma série de tópicos, incluindo o conflito na Ucrânia, a sabotagem do gasoduto Nord Stream e as relações Rússia-OTAN.