A discussão sobre a solução da crise ucraniana deve ser realizada não com Kiev, mas entre a Rússia e o Ocidente colectivo, em primeiro lugar com os EUA, disse numa reunião da sessão especial de emergência o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya.
“A busca de uma solução para esta situação, que ameaça ter as consequências mais negativas para toda a humanidade no caso de confronto directo entre a Rússia e a OTAN, deve ser conduzida não entre a Rússia e a Ucrânia, mas entre a Rússia a o Ocidente colectivo, em primeiro lugar com Washington, que está por detrás do regime de Kiev”, disse Nebenzya.
“Estamos prontos e temos afirmado em muitas ocasiões sobre a busca de uma solução diplomática séria e duradoura para esta crise.
Os nossos oponentes ainda não se livraram das ilusões fúteis da possibilidade de derrotar uma potência nuclear”, observou o representante russo na ONU.
Durante a reunião, o diplomata acrescentou também que os responsáveis por fazer detonar os gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) não vão poder escapar da responsabilidade pelo incidente, ressaltando que o Ocidente está a se envolver cada vez mais no conflito ucraniano, e as consequências disso estão a se tornar visíveis em toda a parte.
“Da crise alimentar e energética desencadeada pelas sanções ocidentais à explosão do ‘Corrente do Norte, pela qual, é claro terão que responder de qualquer forma”, explicou Nebenzya.
Em 8 de ´Fevereiro, o jornalista dos EUA, Seymour Hersh, publicou um artigo sobre o envolvimento de Washington na minagem dos gasodutos.
Segundo informações, sob cobertura dos exercícios BALTOPS-2022 da OTAN no verão europeu, mergulhadores americanos plantaram dispositivos explosivos que foram depois detonados pelos noruegueses.