A Rússia passa a deter a presidência rotativa deste Conselho já este mês de Abril A Rússia planeia realizar uma reunião informal do Conselho de Segurança da ONU, no início de Abril, que deverá debruçar-se sobre aquilo que Moscovo diz ser “a situação real” das crianças ucranianas deportadas para a Rússia, relata a Associated Press.
Em causa está uma questão que motivou, inclusive, o anúncio de um mandado de detenção sobre o presidente russo, Vladimir Putin devido aos crimes de guerra alegadamente praticados por via do rapto destas crianças.
Em conferência de imprensa esta segunda-feira, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, explicou que Moscovo planeou tal reunião muito antes do anúncio do TPI, na passada sexta-feira.
Na semana passada, o TPI defendeu a detenção de Putin argumentando que o presidente russo “é alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal e de transferência ilegal de (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”.
Sobre este tema, Vassily Nebenzia disse que a questão foi “totalmente exagerada”, o que motivou a iniciativa russa para uma reunião do Conselho de Segurança da ONU por volta do próximo dia 6 de Abril.
Na perspectiva do embaixador russo na ONU, as crianças foram levadas para a Rússia “simplesmente” com o intuito de “poupá-las do perigo que as actividades militares podem trazer”.
Questionado, por outro lado, sobre se Moscovo pretendia devolver as crianças a território ucraniano, Vassily Nebenzia apontou: “Quando as condições forem seguras, é claro.
Por que não?” De recordar que, de facto, a Rússia passa a deter a presidência rotativa deste Conselho já este mês de Abril.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de Fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia.