O Kremlin terá destacado quase todos os elementos das suas forças aéreas, diz o ministério da Defesa do Reino Unido
“Nos últimos dois dias, intensos combates continuaram ao redor da cidade de Soledar, na região de Donetsk, e nas proximidades de Kremina, na região de Lugansk. Desde o início de Janeiro de 2023, a Rússia quase certamente alocou elementos da 76.ª Divisão Aérea de Guardas do VDV (forças aerotransportadas) para reforçar a linha de frente em Kremina, depois de avaliar que o sector era significativamente vulnerável.”
Assim se pode ler no relatório do ministério da Defesa do Reino Uni- do publicado nessa Quinta-feira, sobre a guerra na Ucrânia, que dá conta de uma ‘mexida’ das tropas russas para o Sul da Ucrânia e para o Donbass, continuando: “Até Novembro de 2022, a Rússia comprometeu quase todo o VDV destacável como tropas terrestres de longo prazo ao longo da linha de frente na área de Kherson.
Agora redistribuídos para o Donbass e Sul da Ucrânia, os comandantes provavelmente estão a tentar empregar VDV mais de acordo com o seu suposto papel doutrinário como força de reacção rápida relativamente de elite.” A Rússia invadiu, a 24 de Fevereiro, o território ucraniano, despoletando um conflito armado que já causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, 6,5 milhões delas desloca- dos internos e mais de 7,9 milhões para países europeus, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Segundo os mesmos dados, contam-se ainda 6.919 civis mor- tos e 11.075 feridos.