O anúncio ocorre no momento em que o Presidente russo, Vladimir Putin, começou uma visita de dois dias à Coreia do Norte para reforçar uma parceria estratégica ligada por “laços inquebráveis”, segundo o líder norte-coreano Kim Jong Un.
As manobras, que envolvem cerca de 40 navios, lanchas e outras embarcações, bem como cerca de 20 aviões e helicópteros, “vão prolongar-se até ao dia 28 de Junho nas águas do Pacífico, do Mar do Japão e do Mar de Okhotsk” no Extremo Oriente russo, segundo a mesma nota do Ministério da Defesa.
Imagens vídeo publicadas pelo ministério russo mostram vários navios, incluindo um submarino, a navegar em formação ao largo do Mar do Japão, em Vladivostoque, porto de origem da frota russa do Pacífico.
“Em várias fases, os marinheiros vão praticar a guerra anti-submarina (…), ataques com mísseis contra grupos de navios de um inimigo convencional” e “repelir ataques aéreos e navais com drones”, segundo o ministério.
Para esta que é a sua primeira visita ao país em quase 25 anos, o programa oficial da visita de Vladimir Putin, que termina hoje, prevê a assinatura de diversos “documentos importantes”.
O conselheiro diplomático do Kremlin (presidência), Yuri Ushakov, informou que Pyongyang e Moscovo vão assinar “documentos importantes” durante a deslocação, mencionando “a possível conclusão de um acordo de parceria estratégica global”.
Nesta deslocação, Putin está a ser acompanhado pelo seu chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, e pelo seu ministro da Defesa, Andrei Belooussov, numa delegação que inclui também dois vice-primeiros-ministros e o director da agência espacial russa Roscosmos.
A visita realiza-se a convite do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que há nove meses se encontrou com Putin no Extremo Oriente russo com registo de elogios mútuos, mas não de acordos oficiais.
Segundo o Ocidente, Pyongyang utilizou as suas vastas reservas de munições para abastecer a Rússia em grande escala e, na semana passada, o Pentágono acusou Moscovo de utilizar mísseis balísticos norte-coreanos na Ucrânia.
Em troca, segundo Washington e Seul, a Rússia forneceu à Coreia do Norte conhecimentos especializados para o seu programa de satélites e enviou ajuda para fazer face à escassez de alimentos no país. Depois de Pyongyang, Putin é esperado no Vietname.