A Rússia denunciou o Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa. O presidente russo Vladimir Putin nomeou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Ryabkov como seu representante durante a análise no parlamento, aponta o decreto publicado no portal oficial de informações jurídicas nesta quarta-feira (10)
“Nomear Sergei Alekseevich Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, como representante oficial do presidente da Rússia durante a análise pelas câmaras da Assembleia Federal da Rússia da questão da denúncia pela Rússia do Tratado sobre as Forças Armadas Convencionais na Europa, assinado em Paris em 19 de novembro de 1990”, diz o decreto.
O documento foi assinado em Paris e, posteriormente, em 1999, foi assinada uma versão atualizada na cúpula da OSCE em Istambul. Apenas quatro países ratificaram o tratado adaptado a Rússia, Belarus, o Cazaquistão e a Ucrânia.
Em 2007, a Rússia suspendeu a sua participação no tratado “até que os países da OTAN ratifiquem o Acordo de Adaptação e comecem a implementá-lo de boa fé”.
De acordo com o tratado, ambos os blocos (OTAN e Pacto de Varsóvia) eram autorizados de possuir quantidades iguais de armas convencionais e equipamento militar – tanques, veículos de combate blindados, unidades de artilharia, aviões de combate e helicópteros de ataque.
Foram também estabelecidos limites à presença de forças armadas na área abrangida pelo tratado, que se estendia do oceano Atlântico aos montes Urais, rio Ural e mar Cáspio.
Após a dissolução da União Soviética, quando no seu território se formaram vários países independentes, foram elaborados vários acordos adicionais para dar continuidade ao tratado (Acordo Adaptado), mas muitos países se recusaram a ratificá-lo.
Já os países bálticos, a Letônia, Lituânia e Estônia, se recusaram até a aderir ao próprio tratado.