O porta-voz do ministério da Defesa da rússia, Igor Konashenkov, disse durante uma conferência de imprensa da entidade que a rússia dispõe de “inúmeras provas” de que o suposto “ataque” em Ghouta Oriental a 7 de Abril foi uma provocação previamente planeada por especialistas
O Ministério da Defesa da Rússia dispõe de inúmeras provas de que, a 7 de Abril, em Douma, foi realizada uma provocação planeada precisamente com o fim de confundir a comunidade internacional.
O seu objectivo real está claro para todos — fazer com que os EUA efectuem ataques de mísseis contra a Síria”, manifestou Konashenkov. Além disso, o representante oficial comunicou que a entidade “tem provas do envolvimento directo do Reino Unido” na respectiva provocação.
O porta-voz assinalou que contra os representantes da organização Capacetes Brancos tem sido efectuada uma pressão enorme por parte das autoridades britânicas. “Hoje em dia, a entidade militar russa também dispõe de outras evidências que provam o envolvimento directo do Reino Unido nesta provocação em Ghouta Oriental”, comunicou.
Ademais, Konashenkov assegurou que as autoridades russas conseguiram encontrar os participantes na gravação que capta as “consequências do ataque químico” e falar com eles. Estes comunicaram que a maioria deles é formada em medicina e que nenhum dos “afectados” mostrados no vídeo tinha na verdade sintomas reais de uma intoxicação química.
O alto responsável observou que os EUA e outros países ocidentais não param com as “acusações gratuitas e infundadas” contra o “Governo legítimo da Síria” de suposto uso de armas químicas contra a população civil.
Contudo, passada quase uma semana, nenhum destes países chegou a providenciar a mínima prova do acontecido. Além disso, o militar russo apreciou a chegada do grupo de especialistas da OPAQ ao local e expressou a esperança de que a “postura responsável da OPAQ permita reduzir o grau de tensão na região e deste modo manter a paz frágil que se estabeleceu na Síria”.
Em resumo, Konashenkov informou que mais de metade dos residentes deslocados já regressaram a Ghouta Oriental — tratase de 63 mil pessoas — enquanto o governo sírio está a trabalhar para restaurar as infra-estruturas desmoronadas. “Ghouta Oriental, deste modo, já não é um ‘buraco negro’ em que ninguém pode entrar, mas um subúrbio da capital que está a voltar à vida civil”, expressou.