O presidente do Comité de Investigação da Rússia – subordinado directamente ao Kremlin – sublinhou que para 136 pessoas foi decretada a detenção à revelia
A Rússia acusou de crimes de guerra 680 funcionários da segurança ucraniana, comandantes das Forças Armadas e dirigentes do Ministério da Defesa, disse o presidente do Comité de Investigação da Rússia, numa entrevista publicada ontem Segunda-feira pela imprensa russa. “Actualmente, 680 pessoas estão a ser processadas.
Foram também determinadas medidas para acusar 403 pessoas (…)”, declarou Alexander Bastrikin numa entrevista divulgada, ontem, pela agência de notícias oficial TASS.
De acordo com Bastrikin, entre os acusados de usar meios e métodos de guerra proibidos estão 118 pessoas que são comandantes e líderes das Forças Armadas da Ucrânia e do Ministério da Defesa da Ucrânia.
O presidente do Comité de Investigação da Rússia subordinado directamente ao Kremlin sublinhou que para 136 pessoas foi decretada a detenção à revelia.
Segundo Bastrikin, as acções das forças de segurança ucranianas estão a ser criminalizadas com base no artigo do Código Penal da Federação Russa sobre o uso de armas com propriedades altamente lesivas contra a população civil, incluindo aquelas com ogivas de fragmentação.
Este artigo prevê, igualmente, a responsabilidade “por maus-tratos à população civil”.
O Comité de Investigação da Rússia abriu também mais de 150 processos criminais por informações que “desacreditam” as Forças Armadas russas desde o início da guerra na Ucrânia, há quase um ano, e acusou 136 pessoas no âmbito de este tipo de crime.
“Foram iniciadas 152 acusações criminais, das quais foram processadas 136 pessoas (…)”, disse Bastrikin à TASS, acrescentando que “16 sentenças já foram proferidas”.