A Câmara dos Representantes, actualmente controlada pelo Partido Republicano, deverá votar já, nesta Quarta-feira, a formalização de um inquérito de impeachment ao presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, indicou essa Terça fonte da liderança republicana à Reuters. O Axios adianta a mesma informação, com base num horário semanal da câmara baixa do Congresso a que teve acesso
Na resolução de 14 páginas apresentada pela republicana Kelly Armstrong, antes de os legisladores irem mais de três semanas de férias na Quinta-feira, três comissões parlamentares são orientadas a “dar continuidade às investigações em curso como parte de um inquérito existente na Câmara dos Representantes sobre se existem motivos suficientes” para votar a destituição de Biden.
Os três comités têm estado a investigar as finanças da família Biden, na sequência de negócios duvidosos realizados pelo filho do presidente, Hunter Biden, que em tribunal já se declarou culpado de duas transacções comerciais ilícitas.
Os republicanos invocam uma “cultura de corrupção” no seio da família Biden, acusando-a de lucrar inapropriadamente com decisões tomadas quando o actual chefe de Estado era vice de Barack Obama, entre 2009 e 2017.
Também acusam o Departamento de Justiça de interferência na investigação judicial a Hunter Biden.
Até agora, não foram apresentadas quaisquer provas que sustentem estas acusações e é improvável que o Senado, controlado pelos democratas, aprove o impeachment do presidente se a Câmara dos Representantes formalizar esse processo esta semana.
No Domingo, em declarações à Fox News, o republicano Byron Donalds, que integra uma das três comissões responsáveis pela investigação, disse acreditar que esta fase do processo vai estar concluída nos próximos dois meses, antecipando que os artigos de impeachment sejam formalmente apresentados algures na primavera.
Ouvidos pelo Axios, a maioria dos representantes republicanos que não tinham ainda alinhado com o partido dizem que vão votar a favor de formalizar o inquérito de impeachment.
Apenas um, Ken Buck, do Colorado, diz que vai votar contra.