Sem mais detalhes, o governador da região ocidental de Lviv, Maksym Kozytsky, reportou na plataforma de mensagens Telegram que, “durante o alerta aéreo, foi atingida uma infra-estrutura crítica”.
O impacto não causou vítimas, mas originou um incêndio, entretanto apagado. “Não ignorem as sirenes”, exortou ainda o responsável pela Administração Estatal Regional.
Dezasseis de 32 mísseis disparados durante a noite pelas forças russas terão sido interceptados, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia.
O som das sirenes tem ecoado em cidades e outras localidades pela quase totalidade do território ucraniano.
Mas a última vaga de bombardeamentos visou o Norte e o Oeste, segundo o chefe do gabinete da Presidência ucraniana.
“Infelizmente, houve impactos no Norte e no Oeste, assim como nas regiões de Dnipropetrovsk e Kirovograd”, indicou, também no Telegram, Andrii Yermak.
Por sua vez, Serhi Lyssak, governador de Dnipropetrovsk, deu conta de pelo menos uma vítima mortal uma mulher de 79 anos desta última barragem de mísseis sobre a região.
Foram ali atingidas zonas residenciais.
A máquina de guerra russa tem em marcha, desde Outubro, uma campanha de bombardeamentos em massa contra infra-estruturas cruciais da rede energética ucraniana.
A contrastar com o dia-a-dia ucraniano de bombardeamentos e destruição, sobretudo no Leste, o Instituto para o Estudo da Guerra, centro de reflexão com sede nos Estados Unidos, vem agora estimar que “a dispendiosa campanha da Rússia na Ucrânia terá provavelmente desgastado de forma significativa as reservas russas de equipamento e operacionais necessários para suportar uma ofensiva em larga escala”.
O think-tank norte-americano mostra-se mesmo persuadido de que o presidente russo, Vladimir Putin, não deverá “anunciar medidas para uma escalada da guerra na Ucrânia, grandes iniciativas de mobilização ou qualquer outra decisão política significativa”, quando se dirigir à Assembleia Federal da Rússia, na próxima Terça-feira.
“No sentido da paz” O facto é que a NATO e a União Europeia redobram, nesta altura, esforços para robustecer o fornecimento de armamento pesado e munições à Ucrânia, face ao que antevêem como uma grande ofensiva russa a coincidir com o primeiro aniversário da invasão.
Ao mesmo tempo, Paris aparenta querer manter a diplomacia à tona.
O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu, na Quarta-feira, Wang Yi, principal conselheiro do presidente chinês, Xi Jinping, para a política externa.
Nos termos de uma nota do Eliseu, ambos concordaram em trabalhar “no sentido da paz” para a Ucrânia.
Macron e Wang, número um da Comissão de Assuntos Externos do Partido Comunista da China, discutiram a guerra e as suas “consequências para os países mais vulneráveis, particularmente em termos de segurança alimentar e capacidade de financiamento”.
Os interlocutores, prossegue o Palácio do Eliseu sem aclarar eventuais iniciativas concretas, “expressaram o mesmo objectivo de contribuir para a paz ao abrigo do Direito Internacional”.
Emmanuel Macron tem manifestado, a espaços, a esperança de que Pequim, aliada próxima de Moscovo, pressione o Kremlin a retomar as negociações com os ucranianos.