As autoridades da República Democrática do Congo (RDC) reforçaram, ontem, as medidas de segurança em frente às embaixadas e instalações da ONU, alvos de manifestações, há vários dias, contra o alegado apoio ocidental ao movimento rebelde M23
A decisão de se reforçar a segurança nas várias embaixadas e instalações da Monusco (missão da ONU na RDC) foi anunciada, Domingo, pelo Ministério do Interior, no final de uma “reunião urgente de segurança”.
No Sábado, veículos pertencentes a embaixadas e à ONU foram atacados por manifestantes e o líder da missão da ONU na RDC, Bintou Keita, anunciou através da rede social X, antigo Twitter, que vários veículos da Monusco “foram incendiados”.
No dia anterior, dezenas de jovens tinham-se manifestado diante das embaixadas de França e do Reino Unido e, no início da semana, diante da embaixada dos Estados Unidos.
“O Governo condena veementemente estes actos de violência totalmente injustificados”, acrescenta-se no comunicado oficial, anunciando a abertura de um inquérito.
Esta manhã, a presença policial foi reforçada em vários locais e as escolas estrangeiras foram encerradas, assim como muitas lojas no centro de Kinshasa, onde continuam as marchas de dezenas de jovens e a queima de pneus nas estradas.
Há mais de dois anos que a província oriental do Norte do Kivu é palco de uma rebelião liderada pelo M23 (“Movimento 23 de Março”) que, com o apoio de unidades do exército ruandês, se apoderou de vastas áreas do território. Os combates intensificaram-se, recentemente, em torno de Goma, a capital da província, no Leste do país.