O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou, ontem, que as Forças Armadas façam manobras militares semelhantes às que realiza a frota russa do Pacífico, segundo agência EFE.
Segundo a agência de notícias EFE, Putin ordenou ao ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que sejam iniciados exercícios militares semelhantes aos da frota do Pacífico, colocada em alerta máximo no âmbito de exercícios militares para aumentar a capacidade de resposta a agressões.
“É evidente que hoje temos prioridades claras para o emprego das Forças Armadas, nomeadamente em relação à Ucrânia e a tudo que esteja relacionado à protecção do nosso povo no Donbass e noutros novos territórios”, afirmou ontem o líder do Kremlin numa reunião com Shoigu.
“Entretanto, ninguém cancelou ou anulou tarefas para o progresso da frota, inclusive no Pacífico.
Por isso, peço que continuem este trabalho e, claro, prestem atenção também ao desenvolvimento e preparação de exercícios semelhantes noutras frotas, declarou Vladmirir Putin.
O ministro da Defesa russo foi ao Kremlin para explicar ao Presidente a primeira fase das manobras da Frota do Pacífico, que decorrem na parte Sul do Mar de Okhotsk, com o objectivo de impedir um eventual desembarque de forças nas Ilhas Curilhas do Sul e na Ilha Sakhalin.
Nesta primeira fase, que aconteceu no dia 14, participaram mais de 25 mil militares, 167 navios de guerra e de apoio, incluindo 12 submarinos, 89 aeronaves e helicópteros, disse Shoigu.
As forças anti-submarinos fizeram buscas nas proximidades do Golfo de Pedro, o Grande, na costa de Primorsky, e na Baía de Avacha, no Mar de Bering, e as aeronaves do comando de aviação de longo alcance foram deslocadas para aeródromos avançados, referiu o ministro russo.
Neste momento, as forças estão a mover-se em direcção à parte Sul do Mar de Okhotsk, indicou Shoigu.
Segundo o chefe da Defesa, a etapa final das manobras terá início nesta Terça-feira.
As forças da frota realizarão exercícios para procurar e destruir submarinos e grupos de navios inimigos e vão treinar tiro de artilharia contra alvos aéreos e marítimos.
Os navios com mísseis estratégicos irão para a parte central do Oceano Pacífico para treinar ataques contra grupos de navios de um inimigo simulado.