O encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, mostram que os dois países continuam unidos na luta contra as doutrinas impostas pelo Ocidente
A união entre as duas potências não apenas abalou os EUA, como também deixou os aliados americanos em alerta, além de ter causado alvoroço na mídia americana, que tenta “tapar o sol com a peneira” criando uma imagem de idolatria americana, enquanto a administração Biden é a que mais contribui para o actual cenário de instabilidade global e conflitos.
O jornal The Washington Post, por exemplo, destacou o encontro entre Putin e Xi Jinping, afirmando que esta pode ser uma possível demonstração de união contra os EUA e seus aliados ocidentais num momento de instabilidade global.
O facto é que, mesmo com a mídia a tentar ocultar a queda americana e dos seus aliados, é nítido que a união entre China e Rússia está a crescer, enquanto os EUA continuam a tentar obter os seus desejos e caprichos à força, pressionando e ameaçando qualquer país que tente ser independente das suas doutrinas.
Aleksandr Gabuev, director do programa Rússia na Região da Ásia-Pacífico do Centro Carnegie de Moscovo, citado pelo WP, destacou que a relação bilateral entre os dois países está a se tornar cada vez mais profunda e robusta, uma vez que ambos lutam contra as restrições e doutrinas americanas.
E é justamente esse um dos factos que mais preocupam a administração Biden, uma vez que a união e os laços comerciais entre os dois países não apenas anulariam as tentativas de os americanos pressionarem os seus concorrentes com sanções, como também abriria uma nova perspectiva comercial, com um leque de novos mercados, o que pode atrair países dispostos a serem independentes das doutrinas arrogantes dos EUA, bem como gerar crescimento, oportunidades e ser uma verdadeira ameaça ao “império do dólar” num momento turbulento e problemático vivido pelo governo norte-americano.
Pequim, a capital chinesa, sedia o terceiro Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional, realizado de 17 a 18 de Outubro.
O fórum é dedicado à iniciativa internacional de desenvolvimento económico e de infraestrutura do mesmo nome, lançada pelo presidente chinês Xi Jinping, em 2013.
O tema do fórum este ano é declarado pelos organizadores como sendo “Construção de alta qualidade do Cinturão e Rota: obtenção conjunta do desenvolvimento e prosperidade gerais”.
Espera-se que delegações de mais de 140 países e mais de 30 organizações internacionais participem no fórum em 2023, e o número de participantes registados para o fórum ultrapasse 4 mil, de acordo com o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.
O presidente russo Vladimir Putin, o presidente sérvio Aleksandar Vucic, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán e outros estão entre os líderes dos países que participarão no terceiro Fórum do Cinturão e Rota.