Entretanto, outros temas relacionados que estiveram em cima da mesa, com questões vindas não só de jornalistas, como também de uma linha telefónica criada para tal. Putin mostrou-se positivo em relação à ofensiva que leva a cabo em território ucraniano.
“A situação está a mudar radicalmente. Estamos a avançar ao longo de toda a linha da frente todos os dias”, garantiu o presidente. Afirmando que as forças russas estão a capturar “quilómetros quadrados” de território ucraniano todos os dias.
Afirmou que estão a avançar para a concretização dos principais objectivos que “delineámos no início da operação militar especial”. Ainda quanto a este tema, o líder do Kremlin disse que as tropas russas estão a expulsar “heroicamente” as forças ucranianas de Kursk.
O presidente russo admitiu, no entanto, não saber quando é que o exército conseguirá expulsar as forças ucranianas da região russa de Kursk, parte da qual ainda está ocupada após uma ofensiva surpresa em Agosto.
“Vamos absolutamente derrotálos”, afirmou Putin, acrescentando que “mas quanto à questão de uma data exacta, lamento, mas não posso dizer neste momento”.
Após o tema ser colocado em cima da mesa, Putin da linha telefónica instalada recebeu uma chamada de um residente de Kursk, que questionou Putin acerca dos estragos que estão a ser feitos na região.
“Tudo vai ser reconstruído. Não há dúvidas”, garantiu. As forças ucranianas, que enfrentam a invasão russa desde Fevereiro de 2022, contra-atacaram em Agosto e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre para da região.
A Rússia tem desde então tentado expulsar o exército ucraniano do seu território, mas ainda não o conseguiu fazer, apesar de ter recebido a ajuda de soldados enviados pela Coreia do Norte nos últimos meses.
Presidente Putin admite preocupação com inflação elevada na Rússia
O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu hoje que a inflação galopante na Rússia é um “sinal preocupante”, mas procurou tranquilizar os russos sobre as perspectivas da economia do país em guerra há quase três anos.
“A inflação é um sinal preocupante”, admitiu Putin nos primeiros minutos da sua grande conferência de imprensa anual, citado pela agência francesa AFP. Putin disse, porém, que os salários subiram e que a situação é, de um modo geral, estável.
“A situação da economia russa no seu conjunto é estável, apesar das ameaças externas e das tentativas de a influenciar”, afirmou, aludindo às sanções ocidentais por causa da guerra contra a Ucrânia. A inflação deverá aproximar-se dos 9% até ao final do ano, depois de quase 7,5% em 2023, ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia, e 12% em 2022.