Putin, no poder desde 2000, disse que os países ocidentais têm apenas um objectivo: “Destruir a ex-União Soviética e a sua parte principal, a Federação Russa.
O Presidente russo, Vladimir Putin, voltou esse Domingo a acusar a NATO de participar na guerra na Ucrânia ao fornecer armas às forças de Kiev e o Ocidente de querer destruir a Rússia.
“Eles estão a enviar dezenas de biliões de dólares em armas para a Ucrânia. Isto é realmente participação”, disse Putin numa entrevista ao canal Rossia-1, citado pela agência francesa AFP.
“Isto significa que eles estão a participar, ainda que indirectamente, nos crimes do regime de Kiev.”
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento às forças ucranianas para enfrentar as tropas russas, que invadiram o país em 24 de Fevereiro de 2022.
Putin, no poder desde 2000, disse que os países ocidentais têm apenas um objectivo: “Destruir a ex-União Soviética e a sua parte principal, a Federação Russa”.
Na entrevista, o Presidente russo reiterou também o seu apelo à criação de um mundo multipolar.
“O que é que somos contra? Contra o facto de este novo mundo que está a emergir estar a ser construído apenas no interesse de um país, os Estados Unidos da América”, disse.
Putin acrescentou que se sentiu obrigado a reagir, dadas as tentativas dos Estados Unidos de “reconfigurar o mundo à sua imagem após a queda da União Soviética”, em 1991.
Putin ordenou a invasão da Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022 Ao anunciar a ofensiva, há um ano, Putin denunciou as manobras do Ocidente contra a Rússia e disse que não queria repetir o erro de Josef Estaline, que viu a União Soviética ser atacada pelas tropas da Alemanha nazi apesar do pacto de não-agressão que tinha assinado com Adolf Hitler.
“Não cometeremos este erro pela segunda vez”, disse Putin na altura. Putin ordenou a invasão em 24 de Fevereiro de 2022, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho.
A “operação militar especial”, como lhe chama Moscovo, desencadeou uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
Os aliados ocidentais da Ucrânia assinalaram o primeiro aniversário da guerra, na Sexta-feira, com o anúncio de mais apoio militar a Kiev e de novas sanções contra Moscovo.