O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai visitar esta semana a Rússia e a Bielorrússia, anunciou, ontem, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, noticiou a Lusa.
Durante a sua visita, que decorrerá entre Terça e Sextafeira, Li Qiang participará na 29.ª reunião entre os chefes de governo chinês e russo, detalhou Mao Ning, porta-voz da diplomacia chinesa. Aquele evento conjunto realiza-se desde 1996.
A parceria estratégica entre os dois países aprofundou-se inda mais desde o início da invasão russa da Ucrânia, que a China nunca condenou. Beijing apresenta-se como parte neutra no conflito e diz não estar a fornecer armas a nenhum dos lados.
Mas os norteamericanos e os europeus acusam regularmente a China de oferecer à Rússia que é alvo de pesadas sanções ocidentais, um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, visitou a China duas vezes no ano passado, prometendo em Dezembro ser “um parceiro fiável para Beijing”.
A Bielorrússia depende fortemente da Rússia em termos de apoio político e financeiro e o seu território tem sido amplamente utilizado para as manobras russas contra a Ucrânia desde a invasão russa, em Fevereiro de 2022.
Em Julho, a Bielorrússia tornou-se membro da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), um grupo em rápido crescimento que inclui a China, Índia, Rússia e os países da Ásia Central, com a ambição de actuar como contrapeso ao Ocidente.