“Visitarei a Etiópia e a Somália durante os dois primeiros meses do próximo ano”, escreveu, no Domingo, na rede social X, anuncia a Anadolu News. O Presidente da Somália, Hassan Cheikh Mohamoud, e o primeiroministro da Etiópia, Abiy Ahmed, cujas relações estavam tensas desde Janeiro, depois de Addis Abeba ter assinado um acordo sobre o acesso ao mar com a Somalilândia, uma região separatista da Somália, chegaram a um acordo, a 11 de Dezembro, em Ancara. Recep Tayyip Erdogan declarou que o acordo, descrito como histórico, ía permitir à Etiópia ter acesso ao mar.
A Turquia tornou-se mediadora nesta questão em Julho, com três rondas de negociações, duas em Ancara e uma em Nova Iorque, antes do avanço da semana passada, que foi saudado pela União Africana, Washington e Bruxelas.
Na sequência deste sucesso diplomático, Erdogan falou por telefone, na Sexta-feira, com o chefe do exército sudanês, o general Abdel Fattah al-Burhane, a quem se ofereceu para “intervir para resolver os conflitos entre o Sudão e os Emirados Árabes Unidos”, indicou a Presidência turca.
Desde Abril de 2023, o Sudão é palco de uma guerra que opõe o exército do general Abdel Fattah al-Burhane às paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), sob o comando do general Mohamed Hamdane Daglo. O exército sudanês acusa os Emirados de apoiarem as RSF, o que Abu Dhabi nega.