O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Ucrânia, Vsevolod Knyazev, foi detido pelas autoridades do país pelo seu alegado envolvimento num caso de suborno, informou, ontem (16), o Ministério Público Anti-corrupção numa conferência de imprensa, em Kiev.
Segundo o procurador Oleksandr Omelchenko, citado pelos meios de comunicação locais, “O presidente do Supremo Tribunal foi detido e estão a ser tomadas medidas para investigar outras pessoas pelo seu envolvimento num crime”.
Sobre o assunto, várias publicações ucranianas noticiaram, na Segunda-feira, citando fontes oficiais, que Knyazev tinha sido detido por suspeitas de ter recebido subornos no valor de 2,7 milhões de dólares (cerca de 2,4 milhões de euros).
O Ministério Público Anti-corrupção e o Gabinete Nacional Anti-corrupção da Ucrânia também anunciaram a descoberta de um caso “de corrupção em grande escala no Supremo Tribunal da Ucrânia” relacionado com “a recolha de benefícios indevidos pelo chefe” do tribunal e por alguns juízes.
De acordo com o Gabinete Anti-corrupção, este é o maior caso de corrupção no sistema judicial jamais registado na Ucrânia.
Os meios de comunicação social locais apontam o oligarca ucraniano Kostyantyn Zhevago, que fugiu para França, como um dos beneficiários da alegada compra de juízes.
O gabinete de imprensa de Zhevago – cuja extradição para a Ucrânia foi rejeitada pela França em Março – negou o seu envolvimento no caso.