O presidente do Senegal, Macky Sall, dissolveu, nessa Quarta-feira (6), o governo do seu país, nomeou novo primeiro-ministro e marcou para 24 de Março a realização das eleições para Presidente da República, adiada em Fevereiro para Junho.
“O Presidente da República anunciou, na Quarta-feira, durante o Conselho de Ministros, que escolheu o dia 24 de Março para a primeira volta das eleições presidenciais”, informou o Executivo senegalês em comunica do oficial.
Ele nomeou o actual ministro do Interior do Senegal, Sidiki Kaba, para ocupar o cargo de primeiro-ministro. No dia 3 de Fevereiro, em discurso à nação, Sall anunciou o adiamento das eleições, que estavam marcadas para o dia 25 do mesmo mês.
A decisão foi aprovada no Parlamento e ainda culminou na expulsão e prisão de três parlamentares da oposição.
No ano passado, Ousmane Sonko, considerado principal adversário político do actual presidente, foi condenado pela Justiça, acusado de aliciar menores. Uma série de protestos ocorreu por todo o país.
A população voltou às ruas após o anúncio do adiamento das eleições, com confrontos entre manifestantes e polícias, que culminou na morte de pelo menos três pessoas.
De acordo com a agência de notícias AFP, a Assembleia Nacional do Senegal aprovou o projecto de lei sobre a amnistia, envolvendo actos relacionados aos protestos no país desde 2021. Ao todo, foram 94 votos a favor da lei e 49 contra.