Ataque terrorista no Sul de França causou quatro vítimas mortais, entre as quais o atacante, e cinco feridos.
Foi por causa do acto de coragem de um tenente-coronel da Gendarmerie Nacional Francesa que foi possível libertar todos os reféns sequestrados por Redouane Lakdim no interior de um supermercado em França, durante a tarde desta Sexta-feira. De acordo com o jornal francês Le Figaro, o polícia de 45 anos pediu para trocar de lugar com um dos reféns – uma mulher – e ficou duas horas sozinho com o atirador. Depois, convenceu o homem a libertar os restantes reféns. Por ter conseguido manter o telemóvel ligado, os colegas que estavam no exterior conseguiram ouvir toda a conversa e também os tiros: um deles atingiu gravemente o oficial.
Assim que os disparos foram ouvidos, a Polícia invadiu o supermercado e o atirador acabou por ser abatido. A coragem do militar já foi elogiada pelo Presidente francês Emmanuel Macron: “Salvou vidas e honrou a sua arma e o seu país. Luta neste momento contra a morte e os nossos pensamentos estão com ele e com a sua família”. “Foi um acto de heroísmo que é comum nos polícias que se dedicam à segurança dos nossos cidadãos”, disse o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, que avançou ainda que o atirador agiu “sozinho”.
O ataque no supermercado fez duas vítimas mortais, confirmou o Ministério do Interior francês, citado pela imprensa local, mas foi encontrada uma terceira vítima, o condutor da viatura usada pelo atacante. Um passageiro que se encontrava também no carro foi hospitalizado em estado grave e confirmou-se depois tratar-se de um homem de 27 anos, de nacionalidade portuguesa. Mais tarde foi anunciada a sua morte. Do ataque resultaram ainda cinco feridos, um deles em estado muito grave (o polícia que se fez passar por refém), e dois em estado grave, com ferimentos de bala, segundo informou o Governo francês. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os ataques de no Sul de França, divulgou a agência de propaganda dos ‘jihadistas’, Amaq. “O homem que lançou o ataque de Trèbes, no Sul de França, é um soldado do Estado Islâmico, que agiu em resposta ao apelo” do grupo “para atacar países membros da coligação” internacional que combate os ‘jihadistas’, lê-se no comunicado.