A Polícia de Islamabad confirmou a prisão de dezenas de pessoas, entre elas o ex-chefe da diplomacia paquistanês Shah Mahmood Qureshi (2018-2022), o ex-titular do serviço de informações, Fawad Chaudhry (2021-2022), e outros altos cargos do movimento opositor Pela Justiça do Paquistão (Pakistan Tehreek-e-Insaf, ou PTI).
“As prisões f o r a m efectuadas por incitar protestos violentos e incêndios sob um plano bem pensado para ameaçar a paz”, publicou a Polícia no Twitter.
Num tweet posterior, o órgão informou sobre a prisão de 80 pessoas por causarem danos à propriedade pública.
“Entre eles estão os acusados de atearem fogo à estação ferroviária de Tarnool, realizaram disparos e arrancaram carris.
Anteriormente, 108 pessoas foram presas por fogo posto”, informou.
Segundo o jornal Dawn, pelo menos oito pessoas morreram e cerca de 290 ficaram feridas em todo o Paquistão nos confrontos entre milhares de manifestantes enfurecidos com a prisão do líder do PTI e ex-primeiro-ministro Imran Khan (2018-2022) e as forças da ordem.
Na cidade de Lahore, cerca de 500 militantes do PTI invadiram a residência do comandante do 4º Corpo do Exército e saquearam os escritórios.
Khan foi detido em 9 de Maio na sala do tribunal superior de Islamabad, onde chegou para solicitar a sua libertação sob caução relativamente a vários processos que lhe foram movidos.
O ex-primeiro-ministro, a sua esposa Bushra Bibi e outros líderes do PTI, enfrentam uma investigação relacionada a um suposto desfalque de 240 milhões de dólares como resultado de um acordo entre o governo de Khan e um magnata imobiliário.
Também são acusados de obter lucros indevidos na forma de cerca de 23 hectares de terra num distrito da província de Punjab para estabelecer a Universidade al Qadir.